Prefeitura de Xanxerê 222627
29/10/2020 às 08:43
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Quirera Gourmet – 29/10/2020

Quirera Gourmet
Por: Romeu Scirea Filho
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Elefante em Loja de Cristais

A posse e o primeiro dia de governo da primeira mulher a governar as gentes e as terras catarinas surpreenderam, em primeiro lugar, por nomear um general para comandar a Casa Civil. O cargo é tradicionalmente ocupado por políticos, e quase sempre políticos experientes, bons negociadores, afeitos ao diálogo, pessoas que sabem ouvir… Se Moisés pecou pela falta de diálogo, principalmente com a Assembleia Legislativa, nomear, de cara, um general para tratar de temas políticos é de uma sutileza comparável a colocar um elefante para trabalhar na loja de cristais. Generais, como se sabe, são formados e treinados para mandar, e ser obedecidos sem contestação… Se Moisés era fraco na arte do diálogo, a primeira governadora já anunciou como será a sua forma de trocar ideias: Através de um general!

Igual ao Líder

Eu gostaria de ver a cara dos nobres deputados que se enfiaram nesse angu com um baita caroço…acredito que a Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina – e sua vasta história de grandes pisadas no tomate – dessa vez se superou! Mas ainda não acabou, pelo jeitão de sua estreia, Daniela deve ter muitas surpresas na manga. A Governadora anunciou que prefere tratar os doentes acometidos pela Covid, dando a entender que a prevenção deixa de ser importante. A se confirmar isso, ela contraria o que qualquer médico confiável sempre recomenda: Prevenir, é melhor que remediar.  Pelo jeito, os absurdos defendidos pelo despresidente, grande ídolo de Daniela, vão ganhar total apoio do Governo em Santa Catarina. Vamos aguardar, mas acredito que vem chumbo grosso por aí…

Dura Pouco, Dizem

Os dias de poder da primeira governadora de Santa Catarina, entretanto, pelo “novo jeitão” dos nobres deputados, não devem durar muito, bem menos que os anunciados 180 dias. É que os nobres articularam a queda de Moisés para colocar Julio Garcia no comando, não a Daniela. Deu errado, tinha um Deputado Sargento Lima no meio do caminho… E além deles não gostarem da troca de seis por meia dúzia, ou menos, também veio a Polícia Federal anunciar que Moisés é inocente no caso da compra dos respiradores, informação que é ótimo pretexto para os nobres voltar a preferir Moisés. Mesmo que seu afastamento não tenha sido causado pela compra dos respiradores. Agora um novo tribunal de julgamento está formado, com desembargadores e deputados, para investigar os fatos que geraram o afastamento. E não será surpresa se, desta vez, o referido tribunal conclua que, agora, há motivos para inocentar Moises também no caso da equiparação do salário dos procuradores com o dos deputados.

A “Nova Política”

Sempre que se prega a renovação na política surgem nomes desconhecidos do público e da própria atividade político-partidária. A prática desses “novos”, porém, geralmente é igual ou muito pior que a prática da chamada “velha política”. No popular, mudam-se as moscas, mas a m…segue a mesma! Ou seja: as atitudes (da maioria) desses novos políticos, sem aptidão nem experiência, pecam e muito por total inabilidade em lidar com algo chamado DEMOCRACIA: No poder, ignoram que devem governar para todos, e não ouvir apenas os amigos, ou seus próprios sonhos, desejos, loucuras e/ou neuroses de infância ou de formação. Ouvir a população, ou o maior número de pessoas – de todas as ideologias – é algo que poucos, ou raríssimos “novos” conseguem fazer. O afastado governador Moisés é prova disso. E Daniela, idem.

O “Novo” Faz Água…

A constatação (surgida na eleição e 2018 com a eleição da “nova política”) de que os novos podem ser muito piores que os velhos, é visível: Dos três “novos” governadores eleitos no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, é difícil apontar qual deles é a maior decepção. O de Santa Catarina, e também o “novo” do Rio de Janeiro já foram apeados do cavalo, antes da metade do mandato. E os outros dois do Sul andam bem feios na foto… Então, não se trata apenas de ser, simplesmente, um nome novo: É preciso agir diferentemente, especialmente quanto à honestidade e à transparência. E com eficiência, pois não basta apenas ser honesto… Tais virtudes pouco ou nada apareceram nas “novas” administrações dos três estados do Sul. E pior de tudo: Não por acaso esses novos governadores eleitos vieram na esteira da eleição presidencial – onde o eleitor brasileiro acreditou mais uma vez num salvador da pátria, e “entrou na maior fria” de sua triste história – também acreditando no “novo”. Quem (sobre) viver, verá!

Mas Ainda é Moda

Em Xanxerê, dos seis candidatos a prefeito pelo menos três aderiram ao discurso do “novo”. Não necessariamente por serem novos nomes, mas com novas maneiras de governar, dizem…. Óbvio que é uma tentativa válida. Mas resta saber se esse novo já não está precocemente envelhecido. Principalmente depois que o governador “novo” caiu olimpicamente do cavalo, ao menos por enquanto. Isso pode trazer consequências nas eleições municipais? Acredito que sim, mas serão mínimas: Apesar de estarem “brigados” o governador que caiu e a governadora que entrou professam a mesma fé e tiveram os mesmíssimos eleitores. E mesmo que muitos deles estejam decepcionados/desiludidos com o desgoverno federal, outra banda da torcida segue acreditando que era só tirar o PT que tudo ficaria melhor…

Manipulação ou amadorismo

Somente depois de Daniela ser empossada descobriu-se graças a um repórter do Site The Intercept (aquele que moeu Sérgio Moro) que o pai da primeira governadora atuou como declarado admirador de Hitler e do Nazismo. Até 2018 Altair Reinehr, o pai, militou em redes sociais em defesa do nazismo… Mas essa descoberta, até agora, foi ignorada pela mídia catarinense. O imprescindível “faro jornalístico” de nossa grande imprensa deve ter sido afetado pelo Coronavírus. Desconhecer, ou omitir, uma informação desse quilate não é fazer Jornalismo…Apologia ao nazismo é crime! Altair Reinehr, que se diz historiador, nega o holocausto, defende o antissemitismo e a política nazista. Ele testemunhou em juízo, no Rio Grande do Sul, na defesa do escritor Siegfried Elwanger Castan, seu amigo, que chegou a ser julgado e condenado, em 1996, por comercializar livros de apologia ao nazismo, na Feira do livro de Porto Alegre.

Vergonha Alheia

Mas há previsível argumento para a defesa: “É o pai dela, não é ela”. Na coletiva de terça-feira, perguntada por repórter do The Intercept (Fábio Bispo) se ela corrobora as ideias de apoio ao neonazismo de seu pai, a Governadora Daniela saiu pela tangente: Disse que não se responsabiliza por atitudes de terceiros, que é responsável apenas pelos seus atos. Ela poderia dizer: “meu pai tem suas ideias, eu as minhas”, mas não disse isso…. Ouvimos algo muito parecido, muitas vezes, envolvendo o despresidente: “São os filhos dele, não é ele”. É impossível, nesta hora, evitar a pergunta: E se a governadora fosse de um partido de esquerda, e seu pai defendesse a sanguinária revolução russa, a casa caía!. Ou: E se a governadora fosse do PT, o que a imprensa diria?  Mas, como é praticamente certo, esse ‘detalhe’ será minimizado e não deve ser pauta de colunistas, nem de jornalistas da “grande imprensa” catarinense. Vergonha, alheia! Imprensa de boca torta pelo uso do cachimbo da descarada puxação de saco! Tudo por obra e graça da grana (pública) de patrocínios do governo…

 

 

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