O grupo envolvido na venda de carne vencida a uma churrascaria de Itajaí foi condenado a mais de 60 anos de prisão, informou o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) na quarta-feira (26). O alimento estragado que virava espeto corrido chegava ao estabelecimento devido a um esquema ilegal. No total, dez pessoas receberam sentenças por crimes como furto qualificado, receptação e organização criminosa. A Operação El Patron foi deflagrada pela Polícia Civil no dia 29 de janeiro do ano passado. Segundo a investigação, o esquema incluía funcionários de uma empresa responsável pelo descarte de carnes vencidas e os donos da churrascaria. Os cinco funcionários trabalhavam na coleta das carnes fora do prazo de validade em diversos supermercados do município. O produto seria processado e transformado em matéria-prima de biodiesel e ração animal. Contudo, o grupo furtava parte dos produtos e vendia para o estabelecimento. Segundo a denúncia do Ministério Público, os responsáveis pela churrascaria sabiam da procedência do produto e mesmo assim vendiam aos clientes. Essa compra, que tinha valor menor do que o preço de mercado do produto, aconteceu diversas vezes, conforme apontou o MPSC. Os cinco funcionários da empresa foram condenados pelo crime de furto qualificado por haver abuso de confiança, uma vez que tinham acesso privilegiado às carnes que recolhiam. O proprietário da churrascaria e quatro de seus funcionários foram condenados pelo crime de receptação. Os dez denunciados foram condenados, ainda, por crime contra as relações de consumo — transporte, armazenamento e comércio de produtos impróprios ao consumo — e por integrar organização criminosa. As penas aplicadas pelo Juízo da Vara Criminal da Comarca de Gaspar variam de 9 a 2 anos, entre reclusão em regime inicialmente fechado e detenção. Da decisão cabe recurso.
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