Médico rebate nota do hospital e questiona: “Se referência neurológica é Chapecó, porquê idosa antes de morrer por conta de AVC ficou internada 15 dias em Xanxerê?

As declarações dadas por um internauta do Ronda Policial têm causado grande polêmica e fazendo com que o principal assunto das rodas de conversas da “Capital do Milho” seja exatamente esse: O fato do Hospital Regional de Xanxerê que é referência para atendimento na região Amai, não ter um neurologista para prestar atendimento à população. Depois de ter sido citado na entrevista dada pelo internauta, o Neurocirurgião Mauro Tibola que atende em Xanxerê recebeu a reportagem do Ronda Policial na tarde desta quarta-feira (31) em seu consultório particular. Durante a conversa, o médico afirmou que o hospital de Xanxerê é habilitado sim para atendimento de casos de média complexidade na neurologia, como exemplo Traumatismo Craniano e AVC (derrame). Para Tibola, a nota emitida pelo hospital é “sem nexo” e não entende porque o hospital não aceita ter um neurologista em seu corpo clínico, tendo em vista de que o próprio Tibola protocolou a quase 60 dias junto com o médico neurologista Raymundo Fonseca, uma proposta para serviços de Neurocirurgia e Neurologia junto ao Hospital Regional São Paulo de Xanxerê, sem que este trabalho venha a onerar o orçamento da folha de pagamento do hospital, porém até o momento nenhum parecer foi dado pelo hospital. Indagado sobre o caso específico da mãe do internauta “Paulo”, que deu entrada no hospital acometida por um AVC, e após ter recebido alta foi levada por seus familiares à sua clínica particular, Tibola destaca que se a idosa tivesse recebido o atendimento adequado no momento em que deu entrada no hospital, o caso poderia ter sido revertido. E rebatendo a nota emitida pelo hospital onde a instituição afirma que a referência neurológica é Chapecó, o médico faz a indagação: Porque a idosa ficou 15 dias internada no hospital de Xanxerê sendo que não tem neurologista dentro do Hospital? Porque esse caso dessa paciente que ficou com sequelas e depois veio a óbito, porque ela não foi encaminhada para Chapecó?

Ouça a entrevista do médico com a reportagem do Ronda Policial

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