Hiper Badotti 93017
14/05/2017 às 09:34
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Fortaleza

Colunista Tecendo Palavras

Era uma vez uma mãe. Ela era doce, era forte, mas nem sempre foi assim. Ela já foi menina, foi moça. Brincou e aprendeu, tropeço a tropeço, cresceu. Em uma de suas fases da vida, quis ser grande, ter quinze anos e o amor de sua vida conhecer. O tempo passou e a menina que um dia seria mãe cresceu. Tornou-se gente de bem, gente simples, mas de grandes sonhos. Aliás, a maioria das mulheres deve ter grandes sonhos, mesmo aquelas que acabaram abandonando-os pelo caminho.

Chegou um dia cinzento e o príncipe, que era falso, conheceu. Casou-se com uma ilusão e de traição em traição descobriu que as lágrimas de um falso amor fazem mal, fazem doer. As garras daquele homem feriram-na profundamente, mas, em meio aos ferimentos, soube ela que mãe seria. Seu semblante irradiava a esperança de feliz poder ser. Entretanto, teve uma gestação difícil e sozinha, mesmo que em prantos, conseguiu superar. Seu marido que tinha pele de cordeiro aos que o viam, lobo era. Mesmo nas condições que ela estava, ele não a respeitou, apenas fazendo-a chorar.

O tempo foi passando novamente, aliás, ele sempre passa, assim como a vida. O grande dia chegou e aquele chorinho doce de seu filhinho jamais irá esquecer. Um filho, quando cresce, não se lembra, mas naquele dia a mulher, que se faz mãe, percebe que o amor verdadeiro, aquele que não machuca, é o que dela nasce. Sem tocá-lo, pela sensação das almas, o filho a mãe reconhece. É certo que almas de mãe e de filho não precisam de apresentação, pois conseguem se tocar apenas ao se aproximar. O chorinho parou e a mulher forte naquele momento se revelou.

Daquele dia em diante, surgiram os primeiros sorrisos, as noites mal dormidas, os chorinho de dor, os de manhã. O filho continuou crescendo e aquela mulher, agora mãe, tornou-se uma verdadeira fortaleza. De colher em colher, veio o “mã”, o de comida e o de “mamãe”. Os primeiros passos, os primeiros tropeços e as quedas. Também chegaram as primeiras sílabas, as tantas palavras e os longos discursos.

A mulher-mãe agora é guerreira, capaz, forte como nunca. Seu filho cresceu, mas seu colo e seu abraço todo dia a fortalece. Um dia, todo filho alçará voo e a mulher-mãe terá certeza que sua missão foi cumprida com amor, aquele que envolve um relacionamento de além da vida.

Sem razão, apenas com emoção, essas palavras deleitam-se sobre o papel. É, também, sem razão aparente, que mães abandonam seus filhos e outras, encorajadas pelo amor, abraçam a causa de cuidar de uma vida que se tornará parte da sua.

Assim, de mãe em mãe, as que são e sempre serão, aprendemos que a eternidade dos laços não faz um coração em pedaços, torna-o forte.  A cada dia que passa aquelas que chamamos de mãe têm certeza que o seu amor pelos filhos é de alma e é eterno, as fazendo fortes e, certamente, ultrapassando aquilo que chamamos de morte.

Por Luciane Marangon Della Flora

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