Redução de salário de políticos
Não é de hoje que a população reclama dos altos salários dos políticos brasileiros. Em Xanxerê não é diferente. A entrada de três projetos de leis, na Câmara de Vereadores de Xanxerê, que autoriza a redução imediata dos salários do prefeito, vice-prefeito, secretários e vereadores dominou a discussão nas principais rodas políticas no município. Mas não só no meio político este assunto ganhou atenção. Em bares, padarias, na roda de chimarrão, no consultório médico, nos supermercados, nos salões de beleza, na barbearia, nos pontos de taxi e em muitos outros lugares o assunto foi um dos mais comentados dos últimos tempos no município. A esmagadora a favor da proposta.
Medo da repercussão
Vendo toda a repercussão dada pela entrada dos projetos na casa, a mesa diretora da Câmara, temendo a ampliação desse debate, deve promover a votação dos mesmos de forma rápida para que o assunto não ganhe uma proporção maior e assim evitar o embate com a população que é totalmente a favor da redução. Informações dão conta de que o projeto deve entrar na pauta ainda nesta quarta-feira, sem a prévia divulgação da pauta que é determinada pelo regimento interno da Câmara de Vereadores do município. Tudo para evitar uma grande participação popular que possa colocar em saia justa a mesa diretora da câmara, como aconteceu com a votação de abertura do processo de cassação do prefeito Avelino Menegolla, onde houve inclusive agressões físicas.
“PeTralhando” a participação popular
A aliança com a Administração Municipal não tem feito bem ao PT. O partido que é conhecido por sempre alardear o amplo debate com a população, tem se esquivado das discussões nos assuntos mais polêmicos e que refletem diretamente no dia a dia da comunidade. Foi assim nas votações dos projetos que proibia a contratação de parentes de vereadores e prefeito em qualquer esfera da administração pública municipal, quando o então presidente da câmara Adriano De Martini (PT) não levou o assunto a discussão popular e ainda votou contra o projeto. O mesmo ocorreu com os projetos que acabaram proporcionando o aumento da Taxa de Lixao em Xanxerê e praticamente enterrando o programa leite e pão amigo. E mais recentemente o projeto que autorizou a renovação do Contrato da Casan por mais 30 anos. Renovação esta que não contava com a simpatia da grande maioria da população. Se realmente os projetos de redução dos salários dos políticos for para votação no dia de hoje, mostrará que e este amplo debate do PT com a comunidade está aparecendo apenas no discurso, pois na prática estão metralhando a participação do povo. Ou poderíamos dizer “PeTralhando” a participação popular.
Inconstitucional?
O argumento para barrar os projetos de redução nos salários do prefeito, vice-prefeito, secretários e vereadores deve se basear em algum parecer do assessor jurídico do legislativo, Dr. Cristiano Toffolo, de que o projeto é inconstitucional. Se fizermos uma rápida pesquisa na internet iremos encontrar muitos municípios que adotaram a postura de redução de salários, aprovados pelo legislativo no transcorrer do mandato e não foi considerado inconstitucional. Quando se trata de redução de salário, acho difícil que alguma entidade se manifeste pela inconstitucionalidade da norma em uma situação que venha a favor da população. Me parece mais um discurso de quem não quer perder o rico dinheirinho que entra na conta todo mês.
Superado pela gasolina
Sem conseguir engrenar a candidatura o deputado Gelson Merisio sofre com as piadas nas redes sociais. A mais recente é uma charge, que corre pelas redes sociais, que destaca “Gasolina chega a 5 e supera Merisio”. Esta falta de folego da candidatura de Merisio, começa e incomodar inclusive os parceiros políticos. Mesmo com toda a caminhada feita pelo político oestino, na tentativa de alavancar sua candidatura, esses parceiros já começam a se movimentar na busca de uma opção que possa garantir o acesso ao Palácio do Governo de forma mais tranquila. Tanto que conversa entre o Senador Paulo Bauer, o Deputado Esperidião Amin e o eterno cacique da política catarinense, Jorge Konder Bornhausen, movimentou o meio político e acendeu a luz de alerta dos parceiros políticos de Merisio.
De quem é a culpa?
Um jogo de empurra-empurra nesta questão do aumento do combustível, que tem gerado grande discussão e motivado a paralisação dos transportadores por todo país. A esquerda acusa o governo Temer enquanto o centro e a direita dizem que o PT não pode se eximir da culpa. Na sessão da última segunda-feira, na câmara de vereadores de Xanxerê, o vereador Adriano do Partido dos Trabalhadores, apresentou uma moção de repúdio ao aumento e criticou, juntamente com seu companheiro de partido Tiecher, duramente o governo Temer pela política de aumento. Vilson Piccoli (MDB) e Wilson Martins (PSDB) foram a favor da moção, mas lembraram que o PT não pode se eximir da culpa pelo país está na situação em que se encontra. “Afinal foi no governo do PT e do meu partido onde aconteceram os maiores desmandos. Jogaram o Petrobrás no lixo com a corrupção que se instalou na estatal, além de terem doado refinarias na Venezuela e Bolivia. Foi uma vergonha e o povo está pagando o preço destes desmandos”, esbravejou o vereador Piccoli.